sexta-feira, 8 de abril de 2016

Por trás de um bebê, há uma mãe que não se vê!

Há quem diga que quando nasce um bebê, nasce uma mãe. 
Nasce sim, no susto! Porque para ser mãe não existe receita, e um bebê não vem com manual de instruções.

Quando nasce um bebê, nasce mais uma mulher. Aquela que agora não pensa só em si. Não acorda, não come e não dorme a hora que quer. Aquela que não deita na cama pra mexer no celular com tranquilidade passando horas e horas. Aquela que quando precisa sair de casa, deixa sua bolsa pra levar uma pequena mala com fraldas, roupas e brinquedos. Aquela que precisa ver se está calor ou frio, se o bebê já mamou, se a fralda está suja, ou se é hora da soneca. Aquela que quando sai, não come direito, não consegue conversar sem interromper por diversas vezes um assunto, desenvolve a técnica do "um olho no peixe, outro no gato", e tem que voltar cedo para não atrapalhar demais a rotina do bebê. Aquela que quando fala, fala pouco de si, mas muito sobre a rotina do bebê. Aquela que não está só, mas sempre muito bem acompanhada.

Quando nasce um bebê, nasce uma cuidadora, e cuidadores também precisam ser cuidados. Nasce uma mãe que deseja ser enxergada e valorizada pela rotina turbulenta que agora leva, embora muitos digam, "Nossa, mas você só cuidou do bebê o dia todo?". Nasce também uma mãe que precisa de incentivos: "Você está indo muito bem!", e de um colo que a faça repor as energias. 

Por trás de um bebê, há uma mulher se adaptando à vida de mãe, e isso não acontece de um dia pro outro, embora o bebê nasça e não haja tempo de treinar o "ser mãe", ele simplesmente acontece.

Por trás de um bebê limpinho, cheiroso, sorridente e saudável, há uma mãe que não se vê, mas que deseja ser vista. Há uma mãe que se cobra e deseja ser a melhor mãe possível para seu filho. Há uma mãe que sorri, chora, sonha, se doa, supera seus limites e medos, em função de um ser, e não mais apenas de si. Há uma mãe que nasce, renasce, inventa e se reinventa a cada dia. 

Por trás de um bebê, há uma mulher muito feliz, que não quer deixar de ser mãe, mas que quer ser vista e reconhecida.

Por trás de um bebê, há uma mãe que não se vê! 

  
                            

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