domingo, 8 de maio de 2016

Aprendendo a ser mãe

Esse é o primeiro dia das mães com minha filha em meus braços,  e só agora deu tempo de postar esse texto pra vocês. Vida de mãe é assim, mas aqui estou fazendo uma retrospectiva de tudo que aconteceu pra que hoje eu estivesse comemorando esse dia lindo. 
No dia 11 de março de 2015 descobri que iria ser mãe. Sempre tive vontade de ser mãe, mas não esperava que essa seria a hora. No dia, foi um susto, mas por incrível que pareça, no dia seguinte já acordei me sentindo mãe e com vontade de contar a todos a novidade. Então se iniciava uma nova fase: eu não iria ser mãe, naquele momento eu era mãe! Gosto de dividir essa nova fase em duas etapas, a etapa de ser mãe com o bebê na barriga, e a etapa de ser mãe com o bebê nos braços.
A primeira etapa é a etapa da imaginação, do planejamento, do desejo. Me pegava a todo hora pensando em como seria esse bebê, se seria menino ou menina, pensando que gostaria muito que fosse uma menina, se iria ter meus traços, se nasceria com saúde, o que eu precisava preparar para a chegada desse bebê, quantos kilos eu ganharia, como meu corpo iria ficar, se eu iria ficar bonita barrigudinha, como seria minha vida com a chegada dele, e muitas outras dúvidas. 

                           

A segunda etapa é a etapa da surpresa, do descobrimento de um amor tão grande, da prática, da ação. Após o nascimento veio a alegria e o encantamento de ter um ser tão dependente esperando meus cuidados e proteção. Por outro lado, também veio o medo, os desafios e as superações. Essa é a fase em que é preciso não só se sentir mãe, mas agir como mãe, e muito rápido. E como não há receita, a gente vai tentando, acertando, errando, se descobrindo e se superando.

                               

Desde o nascimento da minha filha até hoje, quase completando 6 meses de vida, descobri que não seria só eu quem teria muito a ensinar a ela, mas sim que eu também teria muito a aprender com ela. 
Com ela, tenho aprendido que consigo deixar a minha dor e meu choro pra depois, somente para atender ao seu choro e à sua dor; que posso passar o dia todo sem dar um cochilo ou noites sem dormir, e que não vou morrer por isso; que consigo superar meu cansaço e renovar minhas forças quando ela sorri pra mim; que meu tempo ficou mais curto, mas que consigo me desdobrar e fazer mil e umas coisas com ele; que sou mais forte do que imaginava; que posso viver por duas em uma só; que preciso ser mais paciente e menos perfeccionista; que posso lidar com imprevistos e ainda assim me sair muito bem, e que muito amor cabe nesse meu coração.
Esses são apenas alguns do ensinamentos que ela tem me dado, e muitos desses aprendizados não são fáceis, mas a maior recompensa é vê-la crescendo saudável, feliz, tranquila, se desenvolvendo bem a cada dia, e saber que tudo isso não seria possível se eu não estivesse cumprindo bem o meu papel. Nesse dia das mães aprendi também que posso olhar pra todo esse percurso com admiração de mim mesma, e me dar o presente de valorizar e aprovar meu crescimento como mãe. Aprendi que devo me permitir erros, menos culpas e mais elogios; reconhecer minhas superações e amadurecimento.
Sei que ainda tenho muito a aprender e que a jornada só está começando, mas o meu desejo é poder fazê-la sempre feliz, ter braços de proteção, presença que traga segurança e que ela sempre possa encontrar em mim morada de muito amor!


                             




2 comentários:

  1. Filha, muito lindo e verdadeiro seu depoimento. Parabéns por tirar um tempinho do pouco que tem para registrar seus sentimentos e suas vivências como mãe. Bjs, amo vcs.

    ResponderExcluir